sexta-feira, 9 de março de 2018

Dona Leu


DONA LEU
Recife, 8 de março de 2018
Fotografia de autor desconhecido
Texto publicado no Jornal do Commercio
 
Sou pescadora e vivo disso. Criei meus cinco filhos com a venda dos mariscos e sururus. Eu sou feliz sendo pescadora e tenho um orgulho muito grande de mim. Tudo o que sou, tudo que tenho hoje veio graças ao meu pescado.
Todos os dia eu saio de casa às 4h e vou remando de Brasília Teimosa até o Santo Amaro, passando pela Prefeitura, para pescar marisco e sururu. Co
mo eu não tenho baitera, que é o barco de pequeno porte, pego emprestado com minhas amigas. Eu até mergulho para pegar o molusco com a mão. Volto para casa por volta das 9h e graças a Deus consigo vender todas as mercadorias assim que chego à comunidade. Para completar minha renda, aos sábados e domingos, monto uma barraquinha na Praia do Pina para vender peixes fritos.
Às vezes eu saio para pescar sozinha, sem a companhia das minhas amigas, mas isso não é um problema. Eu me sinto bem, é um momento de reflexão. O maior prazer da minha vida é pescar. No Dia da Mulher, eu desejo que a violência acabe. Desejo muita felicidade, sabedoria, amor e paz a todas as mulheres e peço que Deus abençoe a mim e a todas (Dona Leu, 61 anos).

 

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