terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

Igreja Basílica da Penha





IGREJA BASÍLICA DA PENHA
Recife, fevereiro de 2018
Fotografias de José Irapuan Abaytaguara
Texto de Clóvis Campêlo

Segundo o pesquisador João Braga, no livro Trilhas do Recife - Guia Turístico, Histórico e Cultural, o conjunto - igreja e convento - foi construído em 1656 pelos capuchinhos, contando com a Capela do Espírito Santo dos Pescadores e o anexo Hospício. Foi reconstruído integralmente entre 1870 e 1892, tendo como inspiração um modelo romano, em estilo coríntio. É uma das mais majestosas igrejas do Recife. Tem configuração em cruz latina, com três naves, um zimbório e clarabóia. Teve como arquiteto Vicente de Vicenzia, construtor de grandes templos capuchinhos na Europa e na Ásia. No seu interior a imagem de Nossa Senhora da Penha se sobressai, o que terminou lhe denominando. Os belos painéis são de autoria do artista pernambucano Murilo Lagreca. Na igreja encontra-se o túmulo de Dom Vital, inaugurado em 1937, projeto do arquiteto Giacomo Palumbo. Aqui, em 1997, foi velado o corpo do frei Damião de Bozano, missionário que fazia pregações em todo o Nordeste brasileiro e cujo corpo está enterrado no Convento de São Félix, no Pina.

José Mariano Carneiro da Cunha


JOSÉ MARIANO CARNEIRO DA CUNHA

Clóvis Campêlo

Primeiro prefeito da cidade do Recife, governou no período de 11 de janeiro de 1891 a 20 de dezembro de 1891.
Nasceu na cidade de Ribeirão, em 8 de agosto de 1850 e faleceu no Rio de Janeiro, aos 61 anos, em 8 de junho de 1912.
Segundo a Wikipédia, com exceção de um breve período tumultuado no Brasil Império, o cargo foi inaugurado com uma eleição direta realizada em 11 de janeiro de 1897: foi escolhido como prefeito o conselheiro José Mariano Carneiro da Cunha, ele é eleito Prefeito do Recife. Pouco tempo depois, Alexandre José Barbosa Lima - considerado um autoritarista e florianista - assume o Governo de Pernambuco. José Mariano lança-se de imediato em sua oposição, publicando uma série de artigos contra o Marechal Floriano Peixoto. Em decorrência disto, ele foi preso em sua residência no Poço da Panela, e trancafiado na fortaleza do Brum, sob a acusação de pactuar com a revolta da Armada.
Ainda segundo a Wikipédia, foi transferido depois para a Fortaleza da Laje, no Rio de Janeiro. Mesmo preso, foi candidato às eleições federais de 1º de março de 1895, elegendo-se deputado a si e aos seus companheiros de chapa do 1º Distrito Eleitoral de Pernambuco. No dia 4 de março, o redator chefe da “Província” é assassinado. Ao ser libertado, Mariano é recebido com grande festa no Recife.
Após a morte de sua esposa, no dia 24 de abril de 1898, José Mariano se afasta da vida pública. Em 1899, é nomeado Oficial do Registro de Títulos, pelo Presidente Rodrigues Alves, recebe um Cartório de Títulos e Documentos localizado na Rua do Rosário, no Rio de Janeiro e se recolhe aos afazeres notariais.
Ao falecer, o seu corpo foi embalsamado e trazido o Recife, a bordo do navio Ceará. Em sua homenagem, a câmara de vereadores do Recife, em 1940, recebeu o nome de “Casa de José Mariano”. Seu nome também é lembrado em uma das margens do rio Capibaribe, o “Cais José Mariano”. No largo do Poço da Panela, foi erguido um busto do abolicionista, junto com uma estátua de um escravo liberto.

Parque das Esculturas e Porto do Recife


PARQUE DAS ESCULTURAS E PORTO DO RECIFE
Recife, fevereiro de 2018
Fotografia de autor desconhecido